Olhá só!
Que surpresa!…
Era de grandes invenções e às vezes pensamos o que mais se pode inventar?
E agora estão querendo inventar a MULHER EXTRATERRESTRE.
Francamente!…
Quando criança, num certo dia vi minha tia com o rosto envolto em creme e uma touca envolvendo seus cabelos, então disse:
– “Nossa tia! Você parece uma extraterrestre, será que mulheres são extraterrestres?”
Ela sorriu, se sentou ao sofá e foi dizendo:
-“Minha querida! Nunca pense que somos extraterrestres, não pense assim, somos seres humanos e terrestres, pois sentimos alegria, paixão, ternura, piedade, só que temos um pouquinho de vaidade e sobretudo sentimos o amor e sabemos amar. Seja sempre terrestre e nunca extra.”
E o tempo foi passando e fui andando.
Na escola tive atividades extracurriculares.
No trabalho fiz hora extra.
Para comer uso sempre azeite extra virgem.
E começaram a existir extras e mais extras em minha vida.
Cresci e amadureci.
E comecei a analisar as mulheres. A cobrança pela perfeição, “Super Mulheres”. E vi:
Mulheres caminhando, mas pensando…
Aquela que ria, hoje caminha sem alegria.
A ternura se transformando em amargura.
A paixão virou só tesão.
O amor virou medo e o medo depressão.
E assim vai nascendo uma “MULHER EXTRATERRESTRE”.
De repente me vi olhando as estrelas do céu, com o rosto envolto em creme e uma touca envolvendo meus cabelos.
Lembrei- me então, das palavras da minha tia:
– “ Nunca pense ser extraterrestre … nós sentimos amor e sabemos amar”.
Então, refleti e conclui:
Vamos viver intensamente todos os dias com bons sentimentos, com alegria, com ternura, com muita paixão e amor, não deixando as sobrecargas de nossos dias nos transformar em “MULHERES EXTRATERRESTRES”.
Autora: Rosimeire Marques S. Coneglian (da dupla Átila e Rosi)
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